Esta foto revela um pormenor da réplica do caíque Bom Sucesso ancorado na doca de Olhão, junto ao Mercado Municipal. Devido às suas características de barco pequeno, mas resistente e veloz, este tipo de embarcação foi uma das mais utilizadas pelas gentes de Olhão na pesca do alto mar. No entanto o original ao qual esta réplica se refere destacou-se na história de Olhão e do Algarve, não pelas pescarias nas costas de Marrocos, mas pela aventura da viagem ao Brasil. Os acontecimentos remontam a 1807, quando durante as invasões napoleónicas, o general Junot, envia o marquês de Campigny para se estabelece em Faro. Com a ajuda do coronel José Lopes, Olhão revolta-se contra o exército invasor ajudando a libertar a cidade vizinha originando a revolução que culminou com a luta decisiva na ponte de Quelfes, expulsando os franceses do Algarve. Após este acontecimento as gentes de Olhão decidiram empreender a viagem atlântica para levar a notícia ao príncipe regente D. João e a embarcação escolhida foi o caíque Bom Sucesso que iniciou a viagem a 6 de Julho de 1808, tendo como tripulantes dezassete pescadores olhanenses, sendo o mestre Manuel Martins Garrocho e o piloto, Manuel de Oliveira Nobre. A 22 de Setembro, depois de atravessar o Atlântico, o caíque chega ao Rio de Janeiro, onde D. João honra os pescadores concedendo-lhes um diploma que eleva o lugar de Olhão a “Vila de Olhão da Restauração”, e atribui também o título de marquês de Olhão a D. Francisco de Mello e Cunha.
Segundo os registos, todos os tripulantes regressaram à sua terra contribuindo para considerar esta viagem um dos grandes feitos marítimos da nossa história, pois tratava-se de uma embarcação de pesca que embora estivesse vocacionada para o alto mar, não estaria equipada para uma viagem daquela envergadura atravessando o Atlântico, nem a embarcação, nem os tripulantes, que não teriam mapas e instrumentos de orientação adequados aquela viagem, pois a pescaria em alto mar era maioritariamente na costa marroquina. É desta forma que o Bom Sucesso enquanto protagonista de um feito que enaltece o orgulho dos olhanenses, se torna tão emblemático para a cidade e que a sua presença se torna importante para o preservar da memória e da identidade.
8 comentários:
muito legal, gostei mto , ate descobrir uma coisa interessante q eu desconhecia Manuel Martins Garrocho e o meu nome é omar garrocho sera q era meu parente?
qm vai saber hehehe
mas esta muito legal
O meu nome e Teresa Garrocho, vivo no Algarve, Portugal. Eu sou descendente directa de Manuel Martins Garrocho e herdei o nome de sua mulher Teresa e de sua filha Maria Teresa. Manuel Martins é o meu antepassado mais remoto e tenho muito orgulho nele. A nossa arvore genealogica e traçada a partir daí. Eu encontrei este post enquanto navegava na internet à procura de mais informaçoes sobre o meu antigo antepassado e resolvi esclarecer a questao de onde param os seus descendentes. Residimos ate ha 2 geraçoes em Olhao e Loule, e recentemente mudámos de regiao. Um beijinho a quem fez este post, e por se interessar tanto pelo meu antepassado!
P.S. Eu nao estou a brincar, quem se manter céptico em relaçao a este assunto pode questionar o registo civil.
oi tereza sou o omar garrocho e mto bacana saber q vc é da familia rssss
meu msn é galegorap@hotmail.com add ai
bjos
Ola Omar e Teresa
Eu também sou Garrocho. Meu nome é Teresa Cristina Garrocho de Almeida Mendes. Mas moro no Brasil. Meu avÔ materno era MANUEL GARROCHO JUNIOR. Meu bisavô (casou se com Bernadina, da Espanha) era MANUEL DO Ó GARROCHO, filho de MIGUEL DO Ó GARROCHO. Há uma história parecida do meu bisavô que era marinheiro e veio em viagem para o Brasil e por aqui ficou. Mas não tenho as ligaçoes anteriores da famlia. Vou a Lisboa em maio próximo.
Com certeza temos parentescos.Fica longe de onde voces moram? Se virem essa mensagem, gostaria muito que me mandassem uma resposta. Pode ser por meu email: teresagarrocho@ig.com.br.
Será um prazer contactar voces. Desculpem algum termo inadequado: é que o portugues do Brasil tem expressões e significados por vezes diferentes e estranhos.
Aguardo um contato Teresa Garrocho Almeida
Desculpe o atraso Teresa, não tenho visto este blog ou pesquisado ultimamente, o meu computador avariou e o tempo livre também não é muito infelizmente... É bom saber que provavelmente somos familiares, não temos um grande conhecimento da família que ficou no Brasil. E nao tem problema o portugues, entende-se perfeitamente :) em breve irei enviar um mail, mas primeiro vou dar noticia ao resto da familia, podem querer mandar mensagem tambem. Deviamos procurar fazer uma arvore genealogica para identificar a família desde as suas raízes, seria uma experiência interessante. Cumprimentos, Teresa Garrocho.
tambem sou da familia garrocho
moro em barbacena MG
=]
abraço a todos
charlesgarrocho@hotmail.com
Olá a todos os GARROCHOS
Ao pesquisar o meu nome que é raro ver descudri que desde Espanha até ao Brasil é um mundo de pessoas com o mesmo nome.
Gostaria de me contactar com pessoas com o nome Garrocho para saber se são da minha familia,pois nís somos muito poucos: o meu nome é Alexandra Garrocho-pai Manuel José Garrocho-Tio Joaquim Martins Garrocho de Quarteira-irmã Ana Teresa Garrocho-irmão Manuel Garrocho-irmão Luis Filipe Garrocho, todos a viver em Lisboa só eu em Loulé um cumprimento a todos os Garrochos e até breve o meu email é xana_quim@sapo.pt
Olá Teresa Cristina Garrocho ( a de Portugal ) se vivias até há duas gerações em Loulé, não és filha do Isídro?
Conheceste JOSÉ CORREIA GARROCHO, JOSÉ MANUEL GUERREIRO GARROCHO, QUIRINO GUERREIRO GARROCHO?
Se eras de lá e tens tanta certeza disso diz-me, quem são os teus pais?
Meu avô era José Correia Garrocho.
Quem és tu? minha prima?
Sabes o que é Córregos De Santa Lúzía?
Conheces São Clemente?
Gostava muito de conversar contigo.
Nuno Miguel Garrocho, nascido em Loulé em 1974.
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